Desnutrição
em
pediatria
Desnutrição em pediatria
História
O diagnóstico nutricional de recém-nascidos e crianças é um desafio ainda maior do que o de adultos. Por muitos anos, as deficiências nutricionais em pediatria eram comumente referidas como marasmo e kwarshiorkor. Tais nomenclaturas usadas a partir dos anos 40 do século passado não retratam adequadamente a síndrome desnutrição neste grupo de pacientes.
Na verdade, por muitos anos acreditou-se que o marasmo representava predominantemente a deficiência de calorias, enquanto o kwarshiorkor, a de proteínas. Contudo, essa forma simplista do diagnóstico nutricional começou a ser questionada ainda no século passado por vários autores. O trabalho de revisão do grupo da Sociedade Americana de Nutrição Parenteral e Enteral, liderado por Mehta et al. (1), propôs abordagem holística para o diagnóstico de desnutrição em Pediatria, com enfoque na etiologia desta síndrome.
Diagnóstico nutricional em Pediatria
O diagnóstico de desnutrição em Pediatria foi, por muitos anos, baseado em conceitos genéricos e difíceis de serem compreendidos por todos, independentemente da região geográfica e do contexto (hospitalar, ambulatorial, populacional ou individual). Tal situação resultou em grande variação das taxas de prevalência entre 6% e 51%. Motivados por esta discrepância, o grupo interdisciplinar Americano propôs definição inovadora e abrangente, que inclui cinco domínios: variáveis antropométricas, crescimento, cronicidade da desnutrição, etiologia (incluindo os mecanismos envolvidos no balanço de nutrientes), e o impacto da desnutrição sobre a capacidade funcional de crianças. Ficaram de fora dessa classificação prematuros e neonatos.
Referência
- Mehta NM, Corkins MR, Lyman B, Malone A, Goday PS, Carney LN, et al. Defining pediatric malnutrition: a paradigm shift toward etiology-related definitions. JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2013;37(4):460-81.