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Nutrição e Vida

Ah….o futebol e a soberba/arrogância!

Cachorrada…..

Assim, estou acostumada a ouvir dentro da minha própria família, a denominação da torcida do meu time – o Galo!

Pois é….há 14 anos, quando formos rebaixados para a segunda divisão, num dia muiiiitttoooo triste, houve no estádio do Mineirão a maior manifestação de solidariedade de uma torcida – o hino do Galo foi cantado por aqueles que ali estavam a despeito da dor! Não, eu não estava lá, mas graças às mídias modernas o momento foi eternizado. Assim como será eternizada a memória do Mineirão, no dia de ontem, com as cenas horríveis de vandalismo, agressividade contra o time e todos ali presentes, quando até crianças foram vítimas e tiveram um exemplo a não ser seguido. O anúncio em azul do Mineirão pedia “evacuem  o estádio”. Para piorar, nas redondezas também havia violência e, os jogadores tiveram que sair escoltados por policiamento ostensivo, com medo da própria torcida! Lamentável!

Pergunto: afinal quem é a “cachorrada”?  Aliás, essa denominação não cai bem para ninguém, já que os cães, em geral, são dóceis e grandes amigos dos seres ditos superiores. No entanto, os pobres animais ontem sofreram com as foguetadas dos Atleticanos! Preferiria que os foguetes não tivessem sido usados porque doem nos ouvidos dos animais, são perigosos (matam ou machucam muita gente), são anti-naturais e pior, no contexto, celebravam o INCELEBRÁVEL! A derrota do outro não deveria ser motivo de comemoração, mas talvez entenda, sem aprovar,  a maioria dos torcedores do meu time. As razões? Bem, essas extrapolam os limites da rivalidade e alcançam a pobreza de espírito de muitos, como exemplifico abaixo.

E, hoje, na minha costumeira caminhada para o trabalho, quando sempre encontro gentes vestidas com camisas dos seus times, não vi ninguém com a azul celeste. Que coisa! Já,  no fatídico dia seguinte, em Dezembro de 2005,  meu filho de 12 anos vestiu por baixo da camiseta do colégio (obrigatória para ingressar nas áreas da escola) a listrada preta e branca do nosso time! Com muito orgulho continuamos Galo, ensinei-lhe eu! Como nós, tantos outros continuaram e,  no ano seguinte recordes de presença em estádios foram batidos pelos Atleticanos, na segunda divisão!

Subimos novamente e aqui continuamos esta luta, meio inglória, por estarmos fora do eixo Rio-São Paulo, onde tudo acontece. Mas, seguimos firme na torcida pelo time que um dia escolhemos! Engraçado é que eu, vinda lá das terras africanas, virei Atleticana por motivo puramente de coração: primeiro clube que fui levada a conhecer, quando a tristeza de uma emigrante adolescente foi minimizada, em um Domingo de sol, na piscina do Labareda. Posteriormente, dancei a valsa da minha formatura nesse mesmo clube e, a isso, se soma a memória do primeiro namorado que era Atleticano. Acho que sou uma Atleticana diferente e brinco que um dia serei presidente do time com o objetivo de consertar o que vejo tão errado no futebol – um esporte que poderia ajudar a conduzir massas pelo bem!

No fundo, vibro mesmo é pelo desporto e, bom exemplo disso, é que torci pelo Flamengo ganhar a Libertadores, a despeito do desprezo que nutro pelo clube, já que até hoje está engasgada a derrota imposta por um árbitro ladrão em 1981. Isto, para não mencionar outras coisas, como a morte dos meninos sonhadores no Ninho do Urubu. Até o mascote deles é horripilante! Cruzes! Mas pronto, o desporto está acima de tudo! Logo…

Não, não torci pela queda do Cruzeiro! Até porque, tenho na família, gente que sabia que iria sofrer como nós sofremos em 2005. Contudo, devo admitir que a soberba/arrogância (sinónimos pesados), logo a falta de humildade  do clube e da torcida são o sinal de uma filosofia totalmente equivocada! Isso eu abomino!

Hoje, o céu de Minas Gerais está cinza, afinal perde o futebol do estado!

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