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Nutrição e Vida

México de gente simples e simpática, paraíso de paisagens!

Minha viagem por Quintana Roo e Yucatan

Cores gritantes e brilhantes que enchem os olhos de vida, terra de povo simples, humilde e de simpatia extrema, paisagens deslumbrantes e um mundo de história Maia para nos lembrar que o Homem sempre foi um ser inigualável – isto é Quintana Roo e Yucatan.

Nós que moramos no Brasil, quando nos dizem México, logo pensamos Guadalajara 1970, copa do mundo ou então Cancun ou ainda e, infelizmente, é o país que deveria ter um muro para barrar a entrada ilegal de imigrantes clandestinos no sonho americano. Bem, o México é muito mais do que tudo isto!  É principalmente um país de gente muito gente!

Já havia estado neste país várias vezes, mas sempre a correr para atividades educacionais ou científicas, com poucas oportunidades de disfrutar do povo, das belezas naturais e da história, além da comida picante e repleta de coentros, que eu gosto bastante.

Desta vez, foi diferente – foram cinco dias de lazer, pelos estados de Quintana Roo e Yucantan. Do meu jeito, com tempo curto para estudar roteiros, consegui idealizar um que me oferecesse descanso e o máximo de possibilidades para conhecer tudo o que desejava. Acho que consegui, ainda que saiba que há um mundo maior para ser desvendado nesses dois estados. Então vamos lá….

1º. Dia – Partimos de Cancun, em carro alugado, com destino a Playa del Carmen e Tulum. São cerca de 60km, até à primeira, onde paramos para visitar a cidade tipicamente turística, cheia de lojinhas com produtos para turistas e hotéis dos mais diversos estilos e preços.

Sim, vale dizer que esta região é marcada por turismo caro para quem que como eu, nesta altura da vida, já não quer mais ficar em albergues. Esta é a cidade de onde partem os ferries ou qualquer meio aquático com destino a Cozumel, o paraíso para mergulho. Não fui! Não sou fã deste tipo de aventura, ainda que já tenha feito. Afinal, meu mundo é sobre a terra mesmo. É disso que gosto – pés bem no chão! Rsrsrsr.

A praia desta cidadezinha é de águas paradas e um monte de gente, logo, para mim, sítio descartável para indicar a visita. Valeu a parada, mas não indico!

Próxima paragem – Tulum (distância 70km), onde chegamos, ao redor das 13 horas. Fizemos o check in no  Hotel Playa Xcanam (havia reservado todos os hotéis pelo Booking.com, com base em opiniões de outros viajantes).

Em Tulum, a conversa muda!  A cidadezinha é nada de mais, aliás, é igual a tantas outras latinas, mas a praia…..hum, essa é uma lindeza única. Nosso hotelzinho era  bem na praia. O chamo de hotelzinho porque a despeito do preço, mais de US$ 200 a diária, não valia nem metade, ainda que confortável, limpo e com café da manhã com direito à vista natural do mar, ou seja, maravilha para os olhos.  Nesse mesmo dia, caminhamos e caminhamos, mais de 10km, pela praia ora deserta ora com gente, mas sem aquela multidão na luta por um espaço. Os restaurantes são na praia (preços caros, mas não tanto como o dos hotéis). O dia terminou com uma margarita à beira mar e cama antes das oito da noite, num silêncio total que dava para escutar à distância o gemido de um cãozinho. Isto, obviamente,  até Morfeu carregar-me em seus braços.

2º. Dia – Depois do tal café da manhã, com direito à vista do mar, partimos para visitar  as ruínas Maias, construídas à beira mar. Simplesmente, um lugar lindo. Ou seja, tem que se visitar. Tempo gasto na visita, cerca de uma hora. Mas isso, porque somos rápidos, objetivos (cirurgiões, né?) e não contratamos guias. Afinal, depois de ouvir milhões de informações dos guias, não consigo guardar nem uma décima parte, logo melhor ler algum livro, se quiser mais conhecimento. Dali,  fomos ao Cenote Grande (cenotes são fontes de água profunda, entre rochas, ao ar livre, ou até mesmo em lagoas, como os três que existem em Bacalar). Este Cenote fica a uns 5km do centro da cidade.

O lugar é bonito, mas eu não me atrevi a nadar, pois como disse, meu mundo é sobre a terra e nadar num buraco, ainda que de águas cristalinas,  não me atrai. Visto em meia hora, tempo para arrancar com destino a Bacalar – 215km, de uma linha reta, pista simples, mas super bem conservada, com pouco trânsito.

Chegamos a Bacalar um pouco antes das duas, fizemos o check in no hotel Bacalar 777, que fica fora da cidade (10km). Lugar pequeno, mas muito cheio de charme, com apartamentos bem confortáveis, bonitos e onde havia a academia a céu aberto (pude fazer ginástica na manhã seguinte ao som da natureza – sem preço). Imediatamente, fomos para a vila e, de lá  apanhamos um barco para o tour pela Lagoa das Sete Cores. Que lugar, que água, que natureza, que tudo!!!! Amei! Pode se fazer o passeio em grupos, preço cerca de R$100 por pessoa, ou em barcos individuais, como o que ocorreu conosco (já que o tour só sai com no mínimo quatro pessoas e nós queríamos ir no horário de 14 horas).  O desejo de ir nesse horário é porque a lagoa tem as cores mais bonitas entre 12 e 14 horas, quando o Sol está o mais perpendicular com a terra, e assim, como no dia seguinte já não estaríamos lá, pagamos para irmos sozinhos. Valeu, pois também pudemos definir quanto tempo queríamos ficar parados aqui ou ali! Nadar nesta lagoa foi re-energizante! Baterias recarregadas definitivamente!

Almoço/jantar em restaurante na estrada, a caminho do nosso hotel. Bem simples e baratinho, mas comida razoável – nem guardei o nome.

A despeito da super qualidade do hotel e do preço lá nas alturas (quase US$300), a internet não funcionava bem, ou melhor, quase não rolava, não havia TV, então o jeito foi tomar um vinhito, ler Freud e dormir antes das 9 horas.  Obviamente, o despertar foi super cedo.

3º. Dia – Como só amanhece em torno das 7, o jeito foi ler um pouco mais e começar o dia com um bom exercício, acompanhada do gorjear de passarinhos e o som suave da água, para depois tomar o pequeno almoço e partir – destino Valladolid.

Foram 264km de chão, por estrada bem conservada, deserta, sem meio fio, sem postos de gasolina (atenção desatentos com o marcador de gasolina! Não foi o nosso caso, pois tinha sido informada sobre isso).

Vallodolid foi nossa terceira parada (província de Yucatan). Cidade pequena, típica do interior mexicano e,  passagem costumeira para quem vai a Chichen Izá. Só que para mim,  foi muito mais, pois aqui pude realmente aproveitar o dia de um mexicano comum desde que desperta, vai ao mercado, faz compras, trabalha e se diverte. Adorei! Nosso hotel, Posada San Juan, foi a melhor surpresa. Construção antiga, bem preservada, com quartos super confortáveis e um ótimo café da manhã, para não dizer que o preço (US$70) foi super, super justo, principalmente quando comparado aos demais. Almoçamos no restaurante Casa Conato,  comida típica e rápida, pois queríamos ir para as ruínas. E lá fomos nós, conhecer as famosas ruínas. O dia estava lindo e como chegamos depois das 15 horas, já não havia tanta gente, o que foi ótimo. Aliás, aviso aos viajantes, Chichen Izá ou se vai de manhã muito cedo ou no horário que fomos, pois em outro período é repleta de excursões que vêm de Cancun.

De noite, jantamos, num restaurante de comida local, muito agradável e a comida estava ótima – El Atrio del Mayab. De volta ao hotel, para uma noite de descanso.

4º. Dia – Partimos cedo em direção a Rio Lagartos. Lá fizemos pequena viagem, cerca de duas horas pelos manguezais, com direito a ver flamingos e jacarés, além de um “banho Maia” – com lama da região, colhida na hora. O duro foi retirar isso na volta, tendo que mergulhar em um cenote, em que odeio colocar pés em “coisas molengas, como musgo e lama”. Juro que foi duro, mas valeu a experiência. Nada como superar os “ransos ou medos”. O passeio para quem conhece vida natural não vale a pena. Não recomendo! Dali, fomos conhecer as Coloradas – salinas. Estas salinas ficam na vila Las Coloradas e são de uma empresa particular. Teoricamente não se pode entrar, mas é permitido o passeio até uma certa altura e sempre acompanhado de guia local, algo que não é obrigatório, mas vira obrigatório porque, afinal, é terceiro mundo. Vale muito a pena ir conhecer o local, mas só se tiver tempo de sobra.

No retorno a Valladolid, paramos nas pirâmides de Ek’ Balam, pouco visitadas, mas onde pude colocar à prova minha capacidade de vencer o medo de alturas. Até que subir foi muito fácil, mas descer…..ai, sob pressão!

Também, fiz questão de ir a Uayma para visitar a igrejinha de lá que é um charme só. Pena que esteja mal conservada, mas até já começaram as obras de restauração. No retorno à cidade caminhamos antes e depois do jantar pelas ruas lindinhas da cidade e visitamos artesanato local. O jantar dessa noite foi no El Meson del Marques. Comida boa e preço justo!

5º. Dia – Ida ao mercado da cidade para conhecer os ingredientes típicos e coisas locais, como uma máquina de costura do século XIX, que ainda funciona. O mercado fica ao lado de um cenote, que vimos de fora. Afinal, como disse, não sou amante desses lugares.

Visto o mercado, que é bem pequeno, voltamos ao hotel para partirmos de volta a Cancun e aeroporto.

Resumo da viagem – Super! Vale a pena? Nóóó….super vale!

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