Kombucha? Não, não sei do que se trata. Será algo lá da Coreia que eu perdi a oportunidade de conhecer quando estive por esses lados há dois meses atrás? Mas de fato, não me foi apresentado.
Não doutora, a senhora não sabe o que é isso? Puxa, todo o mundo está a usar Kombucha.
Peraí, todo mundo não, afinal eu não estou a usar e tampouco conheco a tal ou seria o tal Kombucha (ah, pronuncia-se “combuchá”!
Pois é, ontem senti-me a maior ignorante, ao assumir com a paciente que me apresentou a Kombucha, que não vem nem da Coreia mas sim da China milenar, meu total desconhecimento sobre o que essa palavra significava. Sim, porque até então era só uma palavra desconhecida. Afinal, não é uma cidade, um modo de viver ou um livro, mas uma bebida. E para meu espanto, definida como probiótica!
Aí, minha ignorância foi “desassumida” e, passei a acreditar que não ando é atualizada ou parei de estudar o tema, pois “esta pessoa” que pesquisa, inclusive, probióticos desconhece a Kombucha. Meu Deus Isabel, tu estás mal, precisas estudar mais (Aí, bateu o desespero! Que ando eu a estudar?). O pior, contudo, veio a seguir, quando fui ler o conteúdo probiótico que está no rótulo da Kombucha e deparei-me com “bebida feita com chá e zoogléia”.
Zoogléia? Também desconheço esta palavra! Fui pesquisar e eis que “Zoogléia é o nome que se dá a um conjunto de micróbios aglutinados por uma substância viscosa”; “Camada gelatinosa que aglutina um conjunto de microorganismos responsáveis pela oxidação de matéria orgânica contida nos esgotos sanitários, cuja formação é fundamental para formação de filtros biológico”.
Como assim, então quer dizer que não é só uma bactéria probiótica? É um conjunto de bactérias responsáveis pela oxidação da matéria nos esgotos sanitários. Bom, agora entendi porque uma garrafinha de mais ou menos 300mL pode custar até R$38 e a onda dos espaços fitness é esta. Segundo alguns depoimentos que li por aí a bebida é milagrosa e “emagrece, promove extremo bem estar, melhora a rinite e a alergia”. Enfim, afinal o efeito é proporcional ao que produz a zoogléia, ou seja, em linguagem bem popular “limpa tudo”. Está explicado porque eu desconhecia a Kombucha, não entendo de milagres e tampouco ando na onda de colegas que pregam milagres à custa da ignórância dos outros!
Viva a Kombucha que veio da China milenar, feita pela fermentação de chá de camélia, com a adição de zoogléia e sei lá mais o que! Aliás, sei sim….do poder do marketing que causa o efeito potencializador e milagroso para quem quer efeitos maquiados, efémeros e sem confirmação das fontes!