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Nutrição e Vida

O vício!

Séneca um dos grandes filósofos gregos, da linha estóica,  dizia que “É parte da cura o desejo de ser curado”. Tenho que concordar integralmente com ele, pois é absolutamente impossível ajudar aquele que não deseja melhorar, em qualquer aspecto que seja. Neste sentido, há alguns dias, em especial, depois do seminário de Ética dos meus alunos, tenho pensado muito sobre vários temas e, em particular, sobre o vício. Este é o assunto que abordamos ao longo da formação Médica, mas em geral, dirigido para vícios como tabagismo, alcoolismo e só….

O vício abrange aspectos muito mais amplos que apenas esses dois tão conhecidos, como por exemplo: vício em agradar a todos, vício de comprar, vício para comer, vício por sexo, vício por exercício físico, vício pela internet e jogos etc etc. E, quando penso sobre todos estes temas, reflito que pouco discutimos na nossa rotina familiar sobre as distintas maneiras de “tratar” um vício, mesmo que esse possa ser a causa de muitos problemas do cotidiano.

Ainda, segundo Séneca, idealmente, deveríamos “procurar a satisfação de ver morrer os nossos vícios antes de nós”. Sem dúvida fundamental, pois o vício é capaz de destruir vidas morais e físicas.

Vejamos, o vício de mentir, por exemplo, passa a ser assumido como verdade universal e, aquele que o pratica já nem mais percebe a diferença entre a verdade e a mentira. O vício de comer passa a ser tido como a necessidade que o corpo tem para estar nutrido e ter prazer, independentemente da qualidade do alimento. O vício por sexo leva a loucuras que colocam em risco a vida do próprio e de outrem e, por tal, talvez um dos piores, por esta característica. O vício por beber, certamente é tão maléfico quanto, pois também envolve os outros e não só o viciado. Assim, similar é  o vício por drogas.  Em suma, o maldito vício demanda tratamento!

A palavra vício teve origem do latim “vitium”, que significa falha ou defeito. Na verdade, vício é hábito repetitivo que causa algum prejuízo ao viciado e aos que com ele convivem. O vício como hábito é o oposto da virtude, ambos inatos e adquiridos. Inatos, porque a predisposição genética poderá ser a causa do vício, mas em geral, o que acaba por predominar é a influência do meio, seja por necessidade de aparecer, de se firmar, de mostrar a diferença ou, por outras razões. Assim, parece que o estado psicológico individual é a causa do vício e, por tal demanda ser tratado. Contudo, para que isso ocorra, há a necessidade de que o diagnóstico seja assumido e, posteriormente, o desejo de tratamento prevaleça. Caso contrário, o vício vencerá e, todos sofrerão! Triste, mas real!

Na minha área,    Medicina/Nutrição, sempre começo a consulta perguntando: quer mesmo mudar? Como posso te ajudar? E, reafirmo, só consigo fazer parte dessa história se me contar a verdade e aceitar a minha (e de outros) ajuda integralmente, sem fingir ou mentir. Dá para ser assim?

Fica a mensagem, vício precisa ser tratado! Mesmo que seja aquele “viciozinho” de mentir! Quiça os outros….ai!

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