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Nutrição e Vida

Detox de novo…..

Já tinha decidido que iria escrever sobre outro tema, mas eis que recebo mensagem de um dos meus primos, sobre o que mesmo? Detox diets!

Então sigamos, mais uma vez sobre o assunto.

Qual seria o fundamento da dieta detox? Ou seja, em teoria e prática qual o objetivo da “detoxificação”?

Sem dúvida, somos expostos a enorme quantidade de poluentes ambientais, fruto da modernidade, mas não só e,  das escolhas de vida, por exemplo, o tabagismo.  Mas será que uma dieta “detox” conseguirá assumir o papel de “eliminar” esses contaminantes “acidentais” e “por opção”?

Vale ressaltar que, em geral, os defensores da dieta “detox” pertencem ou são seguidores radicais do mundo irreal e ” muito efémero de verdades absolutas” da beleza. Eis que aqui surge a minha primeira dúvida: será que todos/as estarão dispostos/as a abrir mão dos cosméticos diuturnamente usados? Claro que não, pois nem “photoshop” garantiria tantas beldades sem rugas nenhumas ou cabelos rebeldes, principalmente entre aqueles acima dos cinquentinha, como eu.

Logo, terão que inventar algo que substitua os cosméticos com algumas quantidades de ftalatos? Isto para não mencionar certas cápsulas que também contém suplementos nutricionais e são cobertas por ftalatos. Explico: os ftalatos são grupo de compostos químicos derivados do ácido ftálico,  usados comumente como aditivo para deixar o plástico  mais maleável.

Poderia citar muitos outros exemplos de contaminantes como bisfenol (embalagens plásticas para alimentos e bebidas), fungos e metabólitos voláteis, como os encontrados em alguns extratos de algas usados em que? Surpresa…. produtos tidos como “detox”!

Enfim, ainda bem que quem nos criou nos deu fígado, rins, trato gastrointestinal, pulmões e pele, todos com propriedades “detox”. Só que há um detalhe: não adianta sobrecarregar, pois há limite para tudo! Cuidado com as megadoses de vitaminas, minerais, proteínas etc etc, pois nossos órgãos não toleram isso. De fato, acho que precisamos mesmo é  voltar a Hipócrates “Que teu alimento seja teu remédio e teu remédio, teu alimento!” Além de  acreditar em Paracelso que sabiamente disse: a diferença entre um remédio e um veneno está só na dosagem!

Termino com “historinha” ouvida no meu terceiro ano de curso de Medicina, quando ainda era uma ignorante em quesito Nutrição e, acreditei piamente que a cenoura pudesse ser tóxica (Freud deve explicar meus problemas com cenouras). Mas continuemos: estava no ambulatório de pediatria com meus colegas, quando atendemos um bebé cuja mãe estava a preocupadíssima com a cor dele, “muito laranja”.  Seria hepatite? Seria doença grave, “douto”? Mas sabe, dizia a mãe, desde que deixei de dar peito, que todos os dias garanto para esse menino “uma boa nutrição”. Ah,  e a minha vizinha, disse: “quer que os olhos fiquem sempre bons? Pois então dê suco de cenoura, pelo menos, três vezes ao dia!”

Pronto, já podem perceber que  cenoura demais, muito beta-caroteno, cor laranja!

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Detox o que mesmo???

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